O ALMANAQUE DA FAVELA atende de forma didática e objetiva à procura de estudantes, profissionais do turismo e das ciências humanas por uma informação mais aprofundada sobre o turismo comunitário. Acima de tudo, pretende ser uma forma de demonstrar como se pode ajudar a vencer preconceitos e noções negativas preconcebidas sobre as favelas. E também como este trabalho pode ser uma atividade econômica que, ao mesmo tempo, proporciona troca de conhecimentos entre as pessoas e gera inclusão social, ocupando o espaço que, muitas vezes, foi assumido pelo tráfico de drogas como a única opção para os moradores. Apresentamos reflexões que começaram a surgir a partir da experiência concreta de grupos turísticos e de pesquisadores em favelas na cidade do Rio de Janeiro, em 2010. Mostramos que a prática turística pode ir além de uma visita superficial, ou estar apenas restrita a estrangeiros ou aos que gostam de 'ver pobreza'. As experiências apresentadas ganharam destaque na imprensa nacional e internacional, em parte pela grande exposição do Rio de Janeiro durante o período pré-Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Brasil. Aqui, o leitor vai encontrar dados oficiais, mas também os que incorporam a voz das favelas como fonte, utilizando a tradição da história oral. Adotamos a forma de Almanaque para sermos mais acessíveis ao público leigo, mesmo nos capítulos mais teóricos. Para que o leitor possa formar sua própria opinião, indicamos também no final do livro referências bibliográficas e de grupos de pesquisa. Além das reflexões e dados sobre turismo, o livro apresenta nos capítulos 4 e 5 a experiência desenvolvida pela autora na Favela Santa Marta. De brinde, um roteiro para conhecê-la, pensado a partir da colaboração de diversos moradores da favela que atuam no turismo local, com dicas para você conhecer as histórias e curiosidades do morro: TUDO JUNTO E MISTURADO.