Fumar tabaco ou cannabis, beber álcool ou tomar comprimidos para dormir deixou de ser um mero «hábito» ou «decisão pessoal», tal como ainda é muitas vezes difundido social ou culturalmente. Pelo contrário, a Organização Mundial da Saúde tem insistido que na maior parte das vezes este consumo afeta o funcionamento cerebral, prejudicando as funções cognitivas e reguladoras do comportamento, danos que integram os critérios básicos para aferir um determinado grau de doença mental e dependência. Assim, e com todas estas questões na ordem do dia, muito trabalho conjunto há a fazer, pois, mais do que ações pontuais torna-se necessário estabelecer uma visão integrada dos problemas, devendo ser criadas parcerias entre os diversos níveis e sectores de atuação nas estruturas da saúde. É imprescindível para que qualquer iniciativa funcione começar por motivar e formar as pessoas envolvidas no terreno, sendo por isso necessário preparar as condições para que todas as ações na área da prevenção dos danos provocados pelo uso de substâncias venham a ocorrer de forma consistente e com continuidade.