Tendo como cenário o "escritório" de Deus, nos bastidores do Céu, a narrativa se divide em dois ambientes, o superior, onde Deus e seu assistente direto Enéas conversam sobre diversos assuntos, a criação do mundo, o atual estágio dos seres humanos, futebol, amor, cinema, entre outros temas contemporâneo. E o dia a dia dos assistentes divinos, que monitoram os filhos de Deus. O outro ambiente é o dos homens, suas angústias, dificuldades, medos, diferenças, críticas e apelos ao Criador. Essas duas narrativas, que se interligam nas 308 páginas do livro em basicamente três núcleos de personagens, são diferenciadas visualmente pela tipografia dos textos, uma para cada ambiente. A mensagem maior, presente no livro, é a de demonstrar que os pedidos, orações, queixas, feitas por cristãos, mulçumanos, judeus e demais personagens do livro acabam por chegar no mesmo grande escritório do Céu, independente da linha religiosa. E que em momento nenhum nós estamos sozinhos, desamparados. Sem doutrinação, catequese, mas de forma leve, bem humorada e ao mesmo tempo séria e com conteúdo.